ADIÇÃO?!....

Não posso precisar exactamente quando, mas foi na RTP, pela boca do pivô José Alberto Carvalho, que ouvi pela primeira vez o termo «adição» com o sentido de «vício», «dependência». A notícia em questão, aliás, centrava-se no problema da toxicodependência. Trata-se, como está bem de ver, de um profundo desconhecimento - incompetência diriam outros - das línguas inglesa e portuguesa por parte do jornalista supramencionado. O que está aqui em causa é puro erro de tradução do termo inglês «addiction» que, como acima descrito, se traduz na maioria dos contextos por «vício» ou «dependência». «Adição», na língua portuguesa, é tão somente uma operação aritmética, também designada por «soma», como V. Exas bem saberão. Para meu espanto, voltei a ouvir o mesmo termo, agora no programa «Prós e Contras» (RTP 1, 21/10/02), pela boca da jornalista Fátima Campos Ferreira, apresentadora do dito programa, na expressão «adição do jogo».
Na minha qualidade de tradutor e docente num curso de pós-graduação em tradução (Curso de Especialização em Tradução da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra) não posso deixar de sentir alguma inquietação por este género de incompetência grosseira no uso da(s) língua(s). É para mim consensual que o recurso a empréstimos de termos de línguas estrangeiras - a Língua Inglesa no caso que mais me interessa - sempre existiu e sempre existirá, sobretudo para colmatar lacunas em determinadas áreas. E torna-se óbvio que é sobretudo nas áreas científicas e tecnológicas que a Língua Portuguesa mais recorre à Língua Inglesa. Tenho igualmente por adquirido que o «erro» é factor dinâmico de evolução de qualquer língua. Estão por isso afastadas, no que me diz respeito, quaisquer tentações puristas (e sabemos bem onde é que muitos «purismos» vão dar...) em relação à Língua Portuguesa.
O que está aqui em causa é a pura ignorância, a total incompetência linguística de pessoas de quem devíamos esperar exactamente o contrário, até pela responsabilidade da profissão que exercem. Essa ignorância e essa incompetência materializam-se sobretudo em erros grosseiros de tradução que, se repetidos - como parece ser o caso exposto acima -, acabam por gerar verdadeiras aberrações semânticas e, até, sintácticas, como na transliteração da passiva idiomática «to be supposed». O que começa a verificar-se não é, pois, o recurso a vocábulos ou expressões estrangeiras para preencher lacunas em áreas deficitárias da Língua Portuguesa, mas antes a introdução de termos à força de martelo no léxico comum por via de incompetência tradutória (a legendagem de séries e filmes dava um excelente estudo-caso neste campo...).
Quero, finalmente, felicitar-vos pela ideia da elaboração de um glossário de anglicismos - onde espero que não conste adição!

Fernando Gonçalves -
fmblues@clix.pt
Instituto de Estudos Norte-Americanos
Faculdade de Letras Universidade de Coimbra
_______________________________________________

Confirmado papel da serotonina no controlo da agressividade

Um dos principais neurotransmissores do sistema nervoso central, a serotonina, desempenha um papel chave na regulação das emoções, nomeadamente o comportamento impulsivo nas interacções sociais, sugere um estudo britânico publicado sexta-feira passada na revista Science. A serotonina, que actua como mensageiro químico entre as células nervosas, já era há muito associada ao comportamento social, mas o seu envolvimento preciso na agressividade tem sido controverso. Embora já tivesse sido avançada como hipótese a ligação entre a serotonina e a impulsividade, este estudo de investigadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, é um dos primeiros a mostrar a existência de uma relação causal entre elas. Como o aminoácido essencial para produção de serotonina pelo organismo, o triptofano, só se obtém através da alimentação, os seus níveis baixam quando se fica sem comer, o que explicaria que algumas pessoas se tornem agressivas quando estão de barriga vazia. A investigação contribui também para esclarecer perturbações clínicas caracterizadas por níveis baixos de serotonina, como a depressão e a doença obsessiva compulsiva, e pode ajudar a explicar algumas das dificuldades sociais associadas a estas perturbações. O estudo, financiado pelo Wellcome Trust e o Medical Research Council do Reino Unido, sugere que os pacientes com depressão e ansiedade podem beneficiar de terapias que lhes indiquem estratégias para regular emoções quando têm de tomar decisões, sobretudo em contextos sociais. Neste estudo, os investigadores fizeram baixar os níveis de serotonina no cérebro de voluntários saudáveis durante um período curto através de manipulações da dieta. Propuseram-lhes então o "Jogo do Ultimato" para investigar como é que indivíduos com baixos níveis de serotonina reagem a comportamentos que consideram injustos. Neste jogo, um dos participantes propõe uma forma de dividir uma soma de dinheiro com outro: se o parceiro aceita, ambos são pagos conforme o combinado, caso contrário, não recebem nada. As pessoas tendem geralmente a rejeitar cerca de metade de todas as ofertas de menos de 20-30 por cento do total em jogo, apesar de isso implicar não receberem nada. Porém, com a serotonina reduzida, os índices de rejeição aumentaram para mais de 80 por cento. Outras medições mostraram que os voluntários com redução de serotonina não estavam apenas deprimidos ou hipersensíveis aos prémios perdidos. "Os nossos resultados sugerem que a serotonina desempenha um papel crítico na tomada de decisões em público ao manter sob controlo as respostas sociais agressivas", escreveu o primeiro autor do estudo, Molly Crockett, do Instituto de Neurociência Comportamental e Clínica da Universidade de Cambridge. "Como as alterações na dieta e o stress fazem variar naturalmente os nossos níveis de serotonina, importa compreender como é que isso pode afectar as nossas decisões", concluiu. Entre os alimentos ricos em triptofano, que aumenta os níveis de serotonina, contam-se as carnes de aves domésticas e o chocolate.
______________________________________________________
In: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=26467&op=all

APRENDAM... Similis?

«Há uns dias, numa reunião em Cortes, Leiria, O Bastonário da Ordem dos advogados, Marinho e Pinto, disse várias coisas sobre os juízes. A revista digital InVerbis, citou-o:"Em muitos, o “que lhe falta em maturidade sobra-lhes em autoridade”, afirmou o bastonário, que acusa os magistrados de se comportarem como os agentes da “PIDE/DGS nos últimos tempos da ditadura”. “Não é nas leis que está o mal da administração da justiça” mas sim em quem as interpreta, defendeu. “Um bom magistrado faz boa Justiça mesmo com más leis e até sem ela” mas “com maus magistrados nunca se fará boa Justiça nem com leis divinas”, salientou Marinho e Pinto. "Hoje ( ontem), o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, quarta figura institucional do Estado e por inerência presidente do CSM, órgão de gestão dos juízes, respondeu-lhe:
"Os últimos tempos têm assistido a afirmações inqualificáveis acerca dos juízes portugueses provindas de quem, afinal está demonstrando uma evidente falta de cultura que se suporia existir em quem é investido ou eleito em determinados cargos; porque cultura, na senda da velha tradição francesa, é aquilo que fica depois de se ter esquecido o que se aprendeu.
Um provérbio popular muito antigo diz que "tudo o que é demais é moléstia"; o que quer dizer que quando a moléstia se instala ela tem que ser debelada com firmeza por um aparelho imunitário são, sob pena de potenciar a decomposição do paciente."
Os mimos são de tomo, de ambos os lados: para o bastonário os juízes ( e magistrados em geral) , abusam da autoridade. Para a quarta figura do Estado, o bastonário é uma moléstia, em si mesmo. E um inculto. Se lhe tivesse chamado burgesso, os colegas, eventualmente, teriam que o julgar por ofensa à honra. E contudo, o significado do dicionário não engana: ignorante, grosseiro. O mesmo que...inculto.
quem aplauda. Francamente. Quarta figura do Estado, assim?»
__________________________________________________________
APUD http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/ Publicado por josé 0:44:00 (06.AGOSTO.2008)

Sustentabilidade nos Sistemas de Saúde

Existe uma evidência crescente de que os actuais sistemas de Saúde de algumas nações do Mundo serão insustentáveis se não forem alterados durante os próximos 15 anos. Globalmente, os cuidados de Saúde encontram-se ameaçados pela confluência de incontornáveis tendências: aumento da procura, custos crescentes, qualidade irregular, incentivos desadequados ...
Globalmente, os cuidados de Saúde encontram-se ameaçados pela confluência de incontornáveis tendências: aumento da procura, custos crescentes, qualidade irregular, incentivos desadequados – as quais, se ignoradas, irão sobrecarregar os sistemas de Saúde, originando enormes obrigações financeiras para alguns países e problemas de saúde devastadores para os seus habitantes.
Esta conclusão foi extraída da terceira edição do HealthCast, elaborado pela PricewaterhouseCoopers, que li recentemente. Em minha opinião, vale a pena meditar sobre algumas das suas conclusões, as quais gostaria de partilhar com os meus estimados leitores.
Desde 1997, o peso dos gastos com a Saúde em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), entre os países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) tem acelerado. Em 2002, os gastos cumulativos com a Saúde de 24 países da OCDE foram de 2.7 triliões de dólares. Estima-se que os gastos com Saúde dos países da OCDE irão mais que triplicar, para 10 triliões de dólares, em 2020.
Este estudo, bastante extenso e profundo, identificou vários pontos específicos, a reter:
- Prevê-se que, no futuro, os gastos com Saúde cresçam a um nível muito mais elevado do que no passado: em 2020, como referido, estima-se que os gastos com Saúde tenham triplicado, consumindo 21% do PIB nos Estados Unidos e 16% do PIB em outros países da OCDE.
- Existe um vasto apoio a um sistema de Saúde com riscos e responsabilidades financeiras partilhadas entre financiadores privados e públicos, em contrapartida ao habitual sistema de transferência de custos. Apenas uma minoria de líderes industriais do sector nos Estados Unidos, Canadá e Europa pensa que um sistema sustentável é um sistema maioritariamente suportado por fundos provenientes de impostos. Mais de 75% dos inquiridos no estudo HealthCast são da opinião de que as responsabilidades financeiras devem ser partilhadas.
- Universalmente, os sistemas de Saúde enfrentam desafios à sua sustentabilidade, em torno dos custos, da qualidade e da confiança dos consumidores. A transparência na qualidade e no preço foi identificada por mais de 80% dos inquiridos no estudo como um contributo para a sustentabilidade. As opiniões dos inquiridos relativamente a quem está a fazer o maior progresso na melhoria da qualidade variam de local para local. Nos Estados Unidos, os grupos de apoio a doentes ocupam o primeiro lugar, enquanto que na Europa e no Canadá, os médicos assumem a posição de liderança. No Médio Oriente, Austrália e Ásia, o governo é visto como estando a fazer o maior progresso.
- Cuidados preventivos e programas de controlo da doença têm um potencial desaproveitado para melhorar o estado geral de Saúde da população e reduzir custos, mas necessitam de apoio e integração transversal na indústria de modo a poderem produzir benefícios. Os meios mais efectivos para gerir a procura, de acordo com o estudo, são programas de promoção de uma vida saudável – wellness – imunização e controlo da doença. Mais de 80% dos inquiridos identificaram a falta de integração nos cuidados prestados como um grande problema que os sistemas de prestação de cuidados de Saúde enfrentam.
- De modo a suportar um maior poder de decisão por parte dos consumidores, o interesse no pagamento por desempenho – pay-for-performance – e na partilha dos custos tem aumentado significativamente. Os líderes do sector esperam um elevado crescimento de programas orientados para os consumidores.
- As tecnologias de informação (TI) podem ser um importante contributo na resolução dos problemas da Saúde, desde que exista um investimento e forte apoio sectorial e organizacional no desenvolvimento de soluções integradas. Mas as TI não são, por si só, uma solução. Verifica-se uma convergência na indústria a nível nacional e global à medida que as melhores práticas na prestação de cuidados, acesso e segurança são partilhadas e as linhas entre farmacêuticas, empresas de ciências da vida, prestadores de serviços, médicos e outros profissionais da Saúde e pagadores se desvanecem.
Estão, neste momento, identificadas sete características-chave dos sistemas sustentáveis, sejam eles governos, redes de organizações ligadas à Saúde ou organizações individuais:
1. A procura de uma base comum: visão e estratégia são necessárias para equilibrar os interesses públicos e privados na construção de uma infra-estrutura e na prestação de cuidados básicos de Saúde no contexto das prioridades sociais.
2. Um suporte digital: melhor uso de tecnologias e redes electrónicas interoperacionais aceleram a integração, estandardização e transferência de conhecimentos e informações administrativas e clínicas.
3. Reajustamento e ajustamento de incentivos: os sistemas de incentivos asseguram e gerem o acesso aos cuidados de Saúde, ao mesmo tempo que permitem a sua quantificação e responsabilização pelas decisões tomadas.
4. Estandardização da qualidade e segurança: a definição e implementação de “standards” clínicos estabelecem mecanismos para a quantificação, responsabilização e maior transparência, fortalecendo a confiança dos consumidores.
5. Distribuição estratégica de recursos: a afectação de recursos permite satisfazer de forma apropriada as exigências para a redução de custos, mantendo ao mesmo tempo um suficiente acesso aos cuidados de Saúde para o maior número de pessoas.
6. Clima de inovação: inovação, tecnologia e alteração de processos são meios para continuamente melhorar os tratamentos, a eficiência e os resultados.
7. Funções e estruturas adaptáveis: locais de prestação de serviços de Saúde flexíveis e um papel mais abrangente para as funções clínicas fornecem soluções de Saúde centradas nas necessidades dos pacientes.
Atravessando fronteiras, idiomas e culturas estas são as estratégias que estão a ser utilizadas pelos sistemas de Saúde de todo o Mundo. As soluções estão lá, no mercado global da Saúde. Basta agora articulá-las entre si, o que, não sendo por vezes fácil, é possível e, acima de tudo, indispensável para que a sustentabilidade possa ser uma realidade, também, na Saúde.
(Pedro Vaz Serra, 2008)
_________________________________________________________________________

Comunicado de imprensa

Lançamento de um novo recurso web sobre dependências,
para profissionais e investigadores de toda a Europa.
Hoje, assiste-se ao lançamento de um novo serviço de informação Europeu
sobre álcool, drogas e dependências. O Portal Elisad1, apoiado pela Comissão
Europeia, disponibiliza ao utilizador um catálogo pesquisável de recursos web
sobre os temas referidos.
O Portal Elisad localiza-se no seguinte endereço www.addictionsinfo.eu.
O portal oferece aos utilizadores livre acesso a aproximadamente 1 000
recursos disponíveis na Internet. Estes recursos, de elevada qualidade, sobre
álcool, drogas e dependências, abrangem 35 países europeus e são
pesquisáveis em 17 línguas europeias2. Os visitantes do site podem procurar
informação no âmbito da educação e prevenção, tratamento, política pública e
investigação, encontrar recursos do seu país ou de outros e ainda identificar
organizações europeias de interesse.
O projecto tem sido desenvolvido desde 2002 por 24 centros de documentação
especializados dentro da rede Elisad e todos os recursos catalogados têm sido
seleccionados e avaliados por especialistas da informação3. Após a elevada
colaboração de toda a Europa no projecto, espera-se que esta plataforma do
Elisad possibilite e fomente o contacto entre todos os profissionais europeus
que desenvolvem a sua actividade na área das drogas e dependências.
O projecto tem sido coordenado pela Toxibase (França) e conduzido
tecnicamente pela Archido, Biblioteca sobre Drogas da Universidade de Bremen
(Alemanha).
Em Portugal, o Instituto da Droga e da Toxicodependência, é o responsável
pela recolha de dados, avaliação e versão portuguesa do portal.
Para mais informação, por favor contacte: Paula Graça, paula.graca@idt.min-saude.pt.
1 Elisad é a Associação Europeia de Bibliotecas e Serviços de Informação sobre Álcool e
outras Drogas (www.elisad.eu/). O Projecto do Portal Elisad tem por objectivo desenvolver
um serviço de informação que disponibiliza o acesso a recursos web sobre álcool, drogas e
dependências, com um catálogo pesquisável.
2 Todos os dados e descrições podem ser pesquisados por assuntos, tais como, política,
investigação, prevenção e tratamento. O portal Elisad reflecte não só actividades no âmbito
das drogas como também informação ligada às ciências, às práticas utilizadas e às políticas
adoptadas.
3 A qualidade e consistência deste serviço de informação é assegurado por um conjunto de
linhas orientadoras, e pela supervisão do OEDT (Observatório Europeu da Droga e da
Toxicodependência). O conteúdo do catálogo é mantido e actualizado por bibliotecas
especializadas na temática de 27 países Europeus.

Vacina contra a droga...

"Investigadores esperam conseguir evitar espiral de dependência. Investigadores desenvolveram uma vacina promissora contra a dependência das drogas que impede o corpo humano de sentir os efeitos da droga". (Lusa)
"A vacina funciona obrigando o sistema imunitário a reconhecer a droga como um corpo estrangeiro e a atacá-lo, explicou Thomas Kosten, professor de psiquiatria e neurociência no Baylor College of Medicine em Houston (Texas, sul), que trabalha nesta vacina desde 1995.
O paciente recebe uma versão modificada da droga na qual é junta uma proteína que o corpo reconhece como uma ameaça, indicou numa entrevista por telefone com a Agência France Presse. "O corpo diz então :É um elemento estrangeiro. Tenho de começar a fabricar anticorpos", explicou. "A esperança é que esta vacina possa permitir evitar às pessoas voltaram a cair numa espiral de dependência em caso de recaída", salientou.
Os resultados mais promissores foram constatados com a cocaína, mas os investigadores esperam que esta vacina possa um dia ser utilizada para a dependência às metanfetaminas, à heroína e até ao tabaco. "A vacina diminui progressivamente a quantidade de cocaína que atinge o cérebro", afirmou Kosten. "É um processo lento, e os pacientes não sofrem do sintoma da abstinência", acrescentou. "No caso de utilização da droga, gradualmente o nível dos anticorpos aumentará. Se continuar a tomar (a cocaína), os efeitos serão cada vez menos fortes", precisou o cientista. Os testes da vacina contra a dependência da cocaína incluem uma série de cinco injecções para um período de três meses, disse ainda Kosten.
Esta vacina tem ainda de ser experimentada numa escala mais alargada antes de se dar início ao processo para aprovação na FDA, a agência norte-americana que regulamenta os medicamentos e produtos alimentares, acrescentou Kosten. Uma vacina semelhantes para a dependência do tabaco está a ser desenvolvida por vários grupos de investigadores, mas a de Kosten para a cocaína é a mais avançada, indicou o investigador..."
___________________________________________________________________
FONTE: http://sic.sapo.pt/online/noticias/vida/20080130+Vacina+contra+a+droga.htm (Publicação: 30-01-2008 11:47)

Tabaco - consumo diário (25 a 44 anos)

Portugal Continental
Tabaco*
-
percentagem de indivíduos que fuma diariamente (25 a 44 anos)
* Inclui cigarros, cachimbo e charuto.
(a) Calculada pelo INSA para Portugal Continental. Fonte: PNS 2004-2010, Vol. 1, pág. 54. b) Não Disponível.
Fonte: 3º e 4º INS, INSA/INE.
(a) Calculada pelo INSA para Portugal Continental. Fonte: PNS 2004-2010, Vol. 1, pág. 54. b) Não Disponível.
Fonte: 3º e 4º INS, INSA/INE.
Em 1998/99, a percentagem de homens entre os 25 e os 44 anos que fumava tabaco diariamente era muito superior à das mulheres (45,6% vs. 17,3%). Em 2005/06, essa diferença diminuiu ligeiramente, uma vez que a percentagem de homens fumadores decresceu (variação relativa: -11,2%), enquanto que a percentagem de mulheres fumadoras, nesta faixa etária, registou um aumento relativo de 12,1%.
_________________________________________________________________

Menos 146 mil anos de vida em Portugal devido a fumadores

"Um estudo apresentado hoje revela que o tabaco foi responsável, em 2005, por se terem perdido 146 mil anos de vida em Portugal.
Os dados constam de um estudo sobre a carga e custos do tabagismo. Segundo estimativas do documento, o tabaco foi responsável por quase 12% das mortes ocorridas em Portugal no ano de 2005, ou seja, por cerca de 12 600 óbitos. Combinando estes números, com o número de anos perdidos por incapacidade causada pelo tabaco, o estudo usa uma medida internacional para calcular os anos de vida perdidos devido a esta substância. O valor apurado é de 146 mil anos de vida perdidos, em 2005, por causa do tabaco. Miguel Gouveia, coordenador do estudo, explica que este valor resulta de uma “simulação” e acrescenta que foi feita ainda outra estimativa, que calcula o número de anos de vida ganho “se todos os portugueses fumadores [em 2005] deixassem de fumar”. Caso esta situação ocorresse ter-se-ia ganho “51 mil anos de vida”, um número diferente do anterior “porque quando uma pessoa deixa de fumar nunca, ou quase nunca, fica na mesma situação de quem nunca fumou”. O estudo procura saber ainda quanto dinheiro teria sido poupado na Saúde para duas situações – o caso de as pessoas em Portugal nunca terem fumado e o caso de os fumadores em 2005 terem deixado de fumar. Na primeira situação poupar-se-iam “490 milhões de euros” e na segunda o montante seria também “substancial”, mas inferior – “171 milhões de euros”. Este estudo foi apresentado hoje em Lisboa, durante um debate sobre o tabagismo."
__________________________________________________________________________________________

PARABÉNS!!!... finalmente no século XXI

"O Governo Português aprovou a Convenção Quadro da Organização Mundial de Saúde para o Controlo do Tabaco, através da publicação do Decreto n.º 25-A/2005 de 8 de Novembro. A adopção por unanimidade desta Convenção, na 56.ª Assembleia Mundial da Saúde, em 21 de Maio de 2003, constitui um marco na promoção da saúde pública e confere uma nova dimensão jurídica à cooperação internacional em matéria de saúde.O nosso País assinou esta Convenção no dia 9 de Janeiro de 2004. Com a sua aprovação, em 8 de Novembro de 2005, Portugal, em cooperação com a OMS e com as restantes Partes da Convenção, compromete-se a reforçar as suas políticas e medidas de protecção das gerações presentes e futuras dos efeitos devastadores não só em termos de saúde, mas também em termos sociais, ambientais e económicos, causados pelo consumo e pela exposição ao fumo do tabaco. Com a aprovação desta Convenção por 110 Estados-Membros estão criadas as bases para um vasto movimento internacional de solidariedade e de apoio à construção de um mundo melhor e mais saudável. A Lei n.º 37/2007 de 14 de Agosto, que entra em vigor a 1 de Janeiro de 2008, vem dar execução ao disposto nesta Convenção Quadro, estabelecendo normas tendentes à prevenção do tabagismo, de modo a contribuir para a diminuição dos riscos ou efeitos negativos que o uso do tabaco acarreta para a saúde dos indivíduos."
__________________________________________________________________

"No man, not even a doctor, ever gives any other definition of what a nurse should be than this - 'devoted and obedient'.
This definition would do just as well for a porter.
It might even do for a horse.
It would not do for a policeman." (Florence Nightingale, 1860)
__________________________________________________________________________________________
FONTE: Nightingale, F. - Notes on nursing what it is and is not. London: Churchill Livingstone, 1946. (First published in 1859) http://www.cebm.utoronto.ca/syllabi/nur/print/intro.htm